Prótese de Mama / Mamoplastia e Lactação - Vou Poder Amamentar?

A cirurgia de aumento mamário (inclusão de prótese de mama ou mamoplastia de aumento) é realizada através de incisões que podem ser posicionadas na axila; aréola ou no sulco abaixo da mama (submamária). Ao incisarmos e criarmos o espaço na mama para posicionarmos a prótese, sempre acontecerá a desinervação daquela área e cicatrizes (fibrose) nos tecidos descolados.

Fonte foto: en.wikipedia.com (modificada)

A via de acesso areolar mostra-se como a mais sensível às alterações de lactação no pós-operatório por dois motivos: 
- a inervação sensitiva que leva os estímulos para produção de leite a partir da aréola foi interrompida pela incisão, portanto, um dos principais estímulos à lactação pode sofrer alteração.
-para criarmos o espaço de colocação da prótese temos que incisar a aréola e o tecido glandular subjacente, o que pode promover fibrose na glândula mamária e ductos lactíferos, potencialmente prejudicando a produção de leite.
Não é uma regra não amamentar pós mamoplastia de aumento por via areolar, mas é fato que há maior risco de redução no potencial de lactação. 
As outras vias de acesso permitem um descolamento mamário sem lesionar diretamente a glândula mamária, evitando alterações cicatriciais potencializadoras de redução na produção de leite. No entanto, é importante destacar que toda mamoplastia de aumento trás algum risco à lactação pela inevitável desinervação parcial da mama secundária ao descolamento ou mesmo pela própria presença da prótese, que pode atuar pressionando diretamente a glândula, com consequente redução na produção e/ou fluxo do leite. Alguns autores, inclusive, consideram que a prótese mamária na posição subglandular, ao contrário daquela posicionada no plano submuscular, estaria mais envolvida em alterações de lactação pelo contato direto com a glândula e ação física direta do implante sobre ela (veja mais em: http://mariocapp.blogspot.com.br/2011/04/protese-de-mama-submuscular-ou.html).

Apesar do exposto, a maioria das mamoplastias de aumento não altera de forma determinante a lactação, mas fica a mensagem que esse risco existe e não é nulo, principalmente nas mamoplastias de aumento realizadas através da via areolar. De maneira oposta, nas mamoplastias de redução, aonde é necessário retirar tecido mamário, ou naquelas em que é preciso realizarmos grandes modificações na posição vertical da aréola, o risco de alteração na lactação é significativamente maior.

Tenho Ptose (Queda) da Mama, O Que Esperar da Mamoplastia/Mastopexia?

Se você pensa em realizar uma mamoplastia ou mastopexia, com ou sem prótese, atente para os questionamentos dessa página.
Qual a causa do problema das mamas nesses casos? A pele de pouca sustentação, por colágeno mais frouxo, como naqueles casos com presença de estrias. A pele é o fator principal de sustentação da mama na posição considerada ideal. As mamas com excesso de tecido gorduroso/glandular (pesadas) distendem ainda mais essa pele, portanto terão maior ptose.
Se a causa do problema é a pele, devemos então curá-la, é possível fazer isso na cirurgia? Não, é impossível fazer uma nova pele com características ideais de sustentação para substituição da pele ''doente'' e não existe nenhum tratamento efetivo para melhora importante de colágeno ou estrias.
Então, se a cirurgia não cura o problema ( pele doente ), qual é o benefício? Realmente não trocamos a pele, mas podemos diminuir o problema ao retirarmos o excesso de pele e reduzirmos, quando necessário, o peso do tecido glandular/mamário em excesso, ou seja, criamos uma mama com menos frouxidão e peso (no caso das reduções).
A cirurgia atua tanto na diminuição do excesso de pele como na correção da posição da aréola para uma posição anatômica.
O correto posicionamento da aréola é essencial nas mamoplastias/mastopexias e é essa manobra que diminui a sensação de queda das mamas.
Ao realizar a cirurgia, então não teremos mais queda? Em termos, quando estamos executando o último ponto da cirurgia estaremos fechando pele ''doente" com pele "doente", ou seja, ainda existirá pele de pouca sustentação na mama, ainda que em menor quantidade. Portanto, sempre haverá tendência à queda, que será tão mais acentuada quanto maior peso da mama.
Se a mama pesada tende a maior queda, qual o benefício da prótese de mama nessa cirurgia? A prótese traz um resultado mais harmonioso nas mamas pequenas que precisam de volume, gerando um colo mais marcado. Os outros benefícios da prótese são relativos a consistência da mama, que se torna mais firme e quanto ao formato, que tenderá a mais arredondada.
Mesmo com maior tendência à queda, em casos selecionados, o custo benefício da presença da prótese favorece sua escolha.

Fonte foto: pixabay.com

Qual será o formato das mamas? A aréola deixará sua posição de queda (passa a ''olhar pra frente''), mas as mamas sempre tenderão para o aspecto natural, ou seja, em gota, independente da técnica ou da presença da prótese. 
Toda mama submetida a mamoplastia/mastopexia tenderá a posição natural (em gota), portanto, é imprescindível entender que, quando optar por realizar essa cirurgia, você sempre diminuirá a queda da mama, mas nunca a tornará sem queda.
Esqueçam o famoso ``teste do lápis``, as mamas operadas sempre tenderão a segurar o lápis no sulco, mais cedo ou um pouco mais tarde.
Não esperem, dentro daquelas que optaram pelo uso da prótese, terem um colo muito alto e marcado, isso depende da sustentação da mama (que é e será ruim), espere esse colo quando usar um sutiã com aro.
Os benefícios estéticos são marcantes, sua mama ficará em posição e formato muito mais harmoniosos, mas não espere mais do que a cirurgia pode oferecer.

Mamoplastia Redutora e a Qualidade de Vida


A cirurgia para redução das mamas é um dos procedimentos de finalidade estética de maior benefício funcional. A grande maioria das pacientes que nos procura para redução das mamas têm muitas queixas associadas como dores nas costas ou na nuca; marcas na pele pelo peso no sutiã; dificuldades ao utilizar e/ou comprar sutiã e biquíni; difdiculdade para algumas práticas esportivas dentre outras.
Spector JA e Karp NS, autores americanos, já em 2007, num artigo publicado na revista Plastic and Reconstructive Surgery, cujo título original é Reduction mammaplasty: a significant improvement at any size (Mamoplastia redutora: melhora significativa em qualquer tamanho), trouxeram uma visão interessante do tema.

Fonte imagem FreeDigitalPhotos.net
Os autores mostraram que mesmo em reduções menores da mama houve redução estatisticamente significante  nos sintomas atribuídos às mamas pesadas, incluindo as dores nas costas, braços, ombros e mamas; cefaléias (dor de cabeça); vermelhidão com ou sem coceira do sulco mamário e da marca do sutiã na pele. Além disso, houve significativa melhora na qualidade de vida, como a dificuldade em comprar roupas ou sutiã e prática esportiva incluindo a dificuldade em correr.
Esse trabalho é muito interessante, pois mostrou que existe alívio nos sintomas e ganho real de qualidade de vida em qualquer mamoplastia redutora, mesmo naquelas não tão pesadas.
O cirurgião plástico sempre procura atender à expectativa estética da paciente e ao volume final desejado para as mamas, mas o principal benefício das mamoplastias, sem dúvida, é o de melhorar a qualidade de vida.

            

Cirurgia Íntima (Ninfoplastia): Procedimento Simples com Excelentes Resultados


A  cirurgia íntima, também conhecida por ninfoplastia, consiste na redução cirúrgica dos pequenos lábios. Esse excesso de tecido na região genital pode provocar desconforto em muitas mulheres que por timidez, medo ou desconhecimento, convivem com esse problema por muitos anos. Esse desconforto varia de dor durante a relação, excesso de umidade local, além do transtorno estético.
Fonte foto: http://acritica.uol.com.br/vida/Cresce-Dr-Rey-GAVETA-VIDA_0_567543538.html
A cirurgia normalmente  é realizada sob raquianestesia com sedação e tem duração média de 30 minutos. Quando realizada numa sexta feira, as atividades laborativas costumam ser retomadas já a partir da segunda-feira.

Esquema ilustrativo da cirurgia
fonte foto: http://www.ideiasdemulher.com.br/2012/07/cirurgia-intima-recupera-auto-estima-e.html
A recuperação pós-operatória é, portanto, rápida e pouco dolorosa. O incômodo fica por conta do inchaço inicial, algum prurido durante a fase de cicatrização, além de período sem relação sexual até a completa cicatrização.
As cicatrizes ficam praticamente imperceptíveis, pois são posicionadas em área mucosa.

Existem outras cirurgias procuradas para a área genital que incluem o aumento ou diminuição do monte de Vênus e/ou lábios maiores através da lipoaspiração ou enxertia de gordura.

As cirurgias da parte genital interna, como a perineoplastia, são executadas pelo médico ginecologista.
Caso você se sinta incomodada com algum desses problemas, busque o tratamento, pois são cirurgias com baixo índice de complicação, rápida recuperação e excelente custo-benefício.


Naturalidade Após a Colocação da Prótese

Quais os principais fatores que podem ajudar a trazer um contorno mais natural a sua mama após a cirurgia?
Alguns fatores podem ser ajustados e modelados pelo cirurgião, outros são inerentes à paciente.
O cirurgião pode direcionar algumas escolhas visando um contorno menos artificial. O tamanho da prótese é um deles, pois quanto maior a prótese maior a tendência à artificialidade. O modelo do perfil da prótese também poderá ajudar, como por exemplo, a opção pela escolha das próteses em gota (ou naturais) com formato mais anatômico. Essa escolha, no entanto, trará perda de projeção no pólo superior (colo), podendo causar eventuais transtornos se desejar um decote mais marcado.
A opção pelo posicionamento da prótese no plano submuscular também diminui a marcação central da prótese (região do colo) com menor impressão de artificialidade. Essa manobra, em conjunto ou não com as outras, poderá ser um dos artifícios utilizados pelo cirurgião na busca por uma mama mais natural.
Fonte foto: pixabay.com
No entanto, o principal fator que determina a naturalidade da mama é a forma pré-existente da mesma, ou seja, quanto mais natural (em gota)  for sua forma, maior a tendência a naturalidade. 
As mamas muito pequenas também trazem dificuldade na busca por um contorno menos marcado, pois a pele tem pouca distensibilidade e falta uma quantidade mínima de tecido glandular/gorduroso na mama para camuflar o implante. Seguindo esse raciocínio, as mamas com mais tecido mamário e que tenham a forma pré-existente mais natural (em gota) apresentarão o resultado mais anatômico possível no pós-operatório.
Outros fatores são importantes na escolha tanto da prótese ideal como da via de acesso / local do posicionamento dentro da mama, dentre eles : tamanho do tórax, largura da mama, presença ou não de queda da mama, relação entre a mama e o quadril, altura e peso.
Os fatores inerentes à paciente, somados às escolhas de bom senso, tanto da paciente quanto do cirurgião, determinarão o resultado final da cirurgia. 



Meu Cirurgião Plástico é Certificado?

Como descobrir se o profissional que você escolheu para a realização de sua cirurgia teve o treinamento adequado e é habilitado para realizar a sua cirurgia plástica?
Após sua graduação em medicina (6 anos), o cirurgião plástico habilitado deve ter treinamento inicial por pelo menos dois anos em cirurgia geral, sob a forma de residência médica, em hospital com programa credenciado pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC). Cumprida esta etapa, deve ser aprovado em concurso para a realização de especialização, sob a forma de residência médica em cirurgia plástica, por mais três anos em hospital com programa aprovado pelo MEC e/ou Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).
Além disso, a Associação Médica Brasileira (AMB), através da SBCP, realiza concurso para conferir o título de especialista em cirurgia plástica.
Existem dois meios de verificação dessa titulação. O primeiro e através do site do CRM de seu estado ( por exemplo, no Distrito Federal - http://www.crmdf.cfm.org.br) , lá pesquise a situação cadastral do médico, onde deverá constar necessariamente a especialidade cirurgia plástica. A outra maneira de verificar a situação cadastral é no site da SBCP (www2.cirurgiaplastica.org.br), que, de maneira similar, mostrará se o cirurgião é membro ativo.
Portanto, todo cirurgião plástico habilitado deverá ter cursado a residência médica em cirurgia geral e cirurgia plástica e/ou ter sido aprovado no concurso da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica para especialista em cirurgia plástica.






                                                                                                 

A prótese aproximará minhas mamas?

A resposta é sim, mas vale ressaltar alguns pontos.
Toda prótese de mama sempre é posicionada pelo cirurgião plástico centralizada nas mamas, ou seja, com sua maior projeção logo abaixo do ponto mais alto da mama que é a região da aréola/mamilo (considerando que não há queda (ptose) expressiva das mamas).

Centralização da prótese na aréola.
Fonte foto: http://clinicaplenna.blogspot.com/2010/03/formato-dos-implantes-mamarios-de.html
Concluímos, a partir desse princípio técnico, que a aproximação da mamas no meio do tórax será obtida pelo raio da prótese utilizada, ou seja, quanto maior a prótese, e consequentemente seu raio, maior a aproximação medial das mamas.
Mamas que têm implantação mais lateral no tórax, ou que apresentam maior abertura (divergência), terão maior dificuldade na aproximação central.

Exemplo de mamas divergentes
Fonte foto: http://breastimplants101.com/?page_id=75
Vale lembrar que as próteses mais usadas têm uma base arredondada e caso você opte por escolher um tamanho mais avantajado, buscando uma maior aproximação, os outros quadrantes da mama também terão aumento, podendo causar posições aberrantes, como as que crescem para a axila.

Prótese com raio exagerado, avançando para a axila.
Fonte foto: http://clinicaplenna.blogspot.com/2010/03/formato-dos-implantes-mamarios-de.html

Portanto, toda prótese aproxima as mamas, mas nem toda a paciente, por conta de sua constituição corpórea particular, terá a aproximação central das mamas exatamente como o desejado sem trazer implicações a outras áreas.
Não deixe de retirar todas as dúvidas com o cirurgião e de ouvir os critérios técnicos apresentados por ele que influenciam diretamente na escolha final do volume da prótese.

Queda de Mama (Ptose) e Prótese – Corrigirei Meu Problema?

Resolvi fazer mais alguns comentários sobre esse tema, que é recorrente no consultório, mesmo tendo sido parcialmente abordado em outras postagens desse blog.
A pele representa a principal estrutura de sustentação do tecido mamário. A presença de flacidez e/ou estrias leva a mama invariavelmente para uma posição mais baixa no tórax, causando o aspecto de queda (PTOSE).
Tanto as mamas de grande volume quanto as pequenas podem aparentar a ptose.
As mamas volumosas normalmente evoluem com ptose pelo peso do tecido mamário, que atua sobre a pele e progressivamente a distende e expande.  Além disso, a presença de estrias, muito comum nesses casos, contribui ainda mais na queda da mama por piorar a sustentação da pele.
Algumas dessas mamas, principalmente pós-lactação, reduzem muito seu volume, sem que a pele retraia de maneira similar. A pele que não retraiu contribuirá para o aspecto de queda, mas nesse caso, sem o peso.
A abordagem das pacientes que nos procuram costuma ser a seguinte:
 - Qual o volume de prótese que devo colocar para levantar a mama?
A premissa da pergunta é a de que a prótese levantará a mama com queda. Esse conceito é errado. A presença de uma prótese sem qualquer mudança do tecido de sustentação da mama (pele) trará, na verdade, maior aspecto de queda, independente do volume utilizado. A prótese de somente aumenta a mama, não a levanta.
Nesses casos, para trazermos maior sustentação, associamos a retirada do excesso de pele juntamente à inclusão de prótese. Essa cirurgia é conhecida como mastopexia com prótese ou mamoplastia com prótese. Nesse procedimento, a cicatriz final resultante encontra-se ao redor da aréola e segue como a forma de um ''T'' invertido, com o componente horizontal apresentando tamanho variável de acordo com cada caso. Podemos, inclusive, reduzir o diâmetro da aréola, que é um pedido comum entre as pacientes.
A extensão da cicatriz horizontal poderá variar em comprimento, desde mínima até mais extensa, ocupando todo o sulco mamário. Isso depende da quantidade de pele, do volume da mama e do grau de ptose presente.

Fonte foto: hypertypos em everystockphoto.com
As mamas volumosas podem ter parte de seu tecido glandular/gorduroso reduzido com substituição do mesmo por uma prótese (como uma mamoplastia redutora de aumento). Com essa técnica, podemos modelar melhor a mama, conseguindo uma forma mais arredondada; maior projeção do colo da mama quando a paciente utilizar algum tipo de sutiã de sustentação e alterar a sua consistência para mais firme.
Ao contrário das ptoses moderadas e grandes, as pequenas quedas de mama apresentam custo-benefício desfavorável para mamoplastia. Nesses casos, o benefício do corte em ''T'' invertido não compensa o ganho em elevação da mama conseguida com a cirurgia. Optamos, nessa situação, apenas pela inclusão de prótese, com resultados satisfatórios.
Todas as pacientes com queda de mama têm que ser esclarecidas sobre a futura evolução da posição da mama após a colocação da prótese, principalmente as de pouca queda que realizam inclusão de prótese sem retirada de pele.
Portanto, cada caso será avaliado individualmente quanto à ptose, volume, flacidez e sobra de pele para a melhor indicação do tratamento.

A Cirurgia Plástica Pós-Gestação

Toda mãe sofre alguns estigmas da gestação, em maior ou menor intensidade.
Dentre eles, destacam-se o surgimento das estrias em mamas e abdome; algum ganho de peso de perda difícil; a flacidez da musculatura do abdome; hérnias da parede abdominal, principalmente no umbigo; sobra de pele em abdome/mamas; aumento e/ou queda das mamas das mamas; hipertrofia (crescimento) dos pequenos lábios na vulva. Além disso, alterações de coloração da pele - como o melasma - são queixas comuns.
Alguns fatores são importantes antes de iniciarmos a correção cirúrgica dessas alterações.
O primeiro é se haverá perspectiva de nova gestação. Nesse caso, postergamos o tempo cirúrgico de tratamentos considerados mais radicais e definitivos, tais como a abdominoplastia. Uma nova gestação levaria à perda do resultado e dificuldade na correção futura de novas alterações. Raciocinando de modo similar, as mamas necessitando mamoplastia (com ressecção de pele) também deveriam ser tratadas cirurgicamente preferencialmente após a última gestação. Claro que cada caso é avaliado separadamente e existem exceções e variantes, mas esse deveria ser o caminho mais lógico no tratamento.
Outro ponto importante é a amamentação. Mães em fase de lactação ativa devem postergar o tratamento cirúrgico para o momento pós término da produção de leite, período em que as mamas têm redução de volume e assumem nova posição. Outros tratamentos também devem ser postergados para não interferirem com a produção do leite.
Pacientes que apresentaram grande ganho de peso não devem ser imediatistas na busca pele cirurgia. Normalmente, existe alguma perda ponderal natural e progressiva após o parto, que pode e deve ser acelerada pela retomada da atividade física. Essa redução do peso traz melhora expressiva no resultado estético final de sua futura cirurgia.
Claro que é comum a presença de acúmulos gordurosos localizados e indesejados, que muitas vezes não existiam antes da gestação.  O cirurgião plástico não solicita que você perca cada milímetro dessa gordura localizada, mas pede que os grandes acúmulos diminuam para que o resultado final seja mais harmônico. O IMC maior que 30 está associado a aumento de complicações em cirurgia plástica e contra-indica a cirurgia.
Foto: Arwen Abendstern em everystockphoto.com
Quais são, então, os procedimentos mais indicados para essas alterações?
As gordurinhas indesejadas serão retiradas pela lipoaspiração. O maior benefício será no contorno corporal com uma cintura mais delimitada e, caso haja indicação, aumento no bumbum por enxerto de gordura.
As mães com sobra de pele no abdome inferior e/ou flacidez muscular, além de estrias nessa região, serão beneficiadas pela plástica abdominal ou abdominoplastia. O resultado é um abdome mais plano, com retirada de boa parte da estrias, sem flacidez e com plano muscular mais firme. Esse procedimento associado à lipoaspiração de flancos traz os melhores resultados estéticos nessa área (veja mais em: http://mariocapp.blogspot.com.br/2011/05/abdominoplastia-com-ou-sem.html ).
Eventuais hérnias, principalmente as umbilicais, podem trazer alterações estéticas no umbigo. A abdominoplastia permite a correção completa desse tipo de hérnia e a melhora na forma daqueles umbigos distorcidos pela hérnia. O umbigo, no entanto, não será o mesmo de antes após a abdominoplastia, na maioria das vezes necessita de cicatrizes ao seu redor (veja mais nesse post: http://mariocapp.blogspot.com.br/2011/07/abdominoplastia-existe-mesmo.html).
As mamas recebem atenção em dois aspectos, o volume e a posição. Mamas pequenas obviamente se beneficiarão da inclusão de prótese de silicone e as mamas volumosas necessitam redução do volume através da mamoplastia redutora. Na cirurgia redutora podemos utilizar o próprio tecido mamário na montagem da mama ou substituir o tecido mamário retirado, que é mais frouxo, por uma prótese de silicone, criando uma mama mais redonda e firme (veja mais sobre mamoplastia redutora aqui: http://mariocapp.blogspot.com.br/2013/11/mamoplastia-redutora-estetica-e.html ).
As mamas com queda importante necessitarão, obrigatoriamente, de algum procedimento para retirada de pele (mastopexia) e reposicionamento da posição da aréola. A simples inclusão de uma prótese de silicone não levanta a mama, apenas aumenta a mama, portanto, de acordo com cada caso, o cirurgião irá optar pela mamoplastia com ou sem a prótese (veja mais nesse post: http://mariocapp.blogspot.com.br/2011/10/queda-de-mama-e-protese-corrigirei-meu.html ).
A hipertrofia dos pequenos lábios é uma queixa frequente no consultório e muito comum pós-gestação. O tratamento cirúrgico, conhecido como cirurgia íntima ou ninfoplastia, é simples e rápido, podendo ser feito sob raquianestesia ou anestesia local. O pós-operatório é muito pouco doloroso e permite rápida recuperação (veja mais detalhes nesse post: http://mariocapp.blogspot.com.br/2012/08/cirurgia-intima-procedimento-simples.html ). 
Algumas mães evoluem ainda com aumento no volume da região do púbis, de correção tranquila por lipoaspiração, já outras, podem evoluir com perda de volume dos lábios maiores, podendo ser corrigida por enxerto de gordura (lipoenxertia).
As estrias avermelhadas presentes após a gestação são passíveis de tratamento com excelentes resultados por atuação de laser e/ou peelings. As estrias brancas são as mais antigas e com pouca resposta a esses tratamentos.
O melasma é a alteração na coloração da pele na face, normalmente com escurecimento na região frontal e malares, muito comum após a gestação. O tratamento pode trazer bons resultados, no entanto, exige persistência no uso dos cremes prescritos, protetores solares de uso contínuo e evitar a exposição solar intensa, sob pena do retorno das manchas.