Prótese de Mama – A Garantia é Mesmo Vitalícia?

Está na moda dizer aos pacientes que a garantia da prótese é vitalícia. Essa garantia é oferecida por alguns fabricantes, mas fica fácil o paciente confundir essa garantia com a eventual permanência vitalícia da prótese em seu organismo, sem que seja necessária a sua troca.

A prótese sofre interações com o organismo e por isso está sujeita a interferências em sua integridade e formato. A possibilidade de ruptura diminuiu muito com a melhora dos materiais empregados na fabricação da prótese, no entanto não é nula ou inexistente. Alguns trabalhos mostram um índice de ruptura de 0,5% dentro dos primeiros 10 anos de uso da prótese, incidência aumentando progressivamente com seu uso.

Fonte foto: http:// protesedemama.blogspot.com

Toda a prótese é envolvida por uma cápsula fibrosa criada pelo organismo que a isola do resto do corpo. Algumas pacientes reagem à prótese com alteração na cápsula que a envolve, podendo apresentar endurecimento progressivo da mama com eventual deslocamento e mudança de formato da prótese. Esse fenômeno é conhecido como contratura capsular.

Não se sabe exatamente a origem exata desse problema, mas alguns fatores tais como a contaminação bacteriana; hematoma ou reação aos materiais das próteses podem ser os culpados. Estatisticamente, a contratura capsular pode acontecer entre 1 a 3% dos pacientes operados, dependendo do trabalho científico.

Fonte foto: http://coisademulhermoderna.blogspot.com

A contratura capsular pode mostrar-se em graus variados de intensidade, desde um simples endurecimento até deformidades visíveis na mama. Na presença da contratura capsular mais intensa , pode haver a necessidade da retirada da tanto da cápsula (capsulectomia) como da prótese.
Na prática, portanto, a garantia vitalícia é a garantia de troca da prótese quando comprovada a presença de contratura; ruptura ou eventual defeito de fabricação do implante.
Não existe prótese de mama que dure para sempre, a evolução para revisão cirúrgica dessa prótese acontecerá mais cedo mais tarde, apesar da qualidade dos materiais empregados na fabricação das próteses tenha melhorado muito na última década.
Estimamos a durabilidade de um implante em torno de 15/20 anos em média, mas como cada organismo apresenta reações diferentes à prótese, é importante lembrar que pode haver necessidade de revisão ou troca em períodos até menores que 10 anos, ainda que isso seja bem incomum. 

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